sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Em 2011, eu...

Sorri, chorei, morri, revivi, falei, pensei, gritei, briguei, contei, me revoltei, desfiz, fiz, amei, desamei, odiei, silenciei, vi, me iludi, desiludi, me magoei, superei, brinquei, bebi, ri, relembrei, trabalhei, estudei, comi, senti, dancei, criei, experimentei, gostei, passei, cantei, viajei, fiquei, beijei, abracei, fui, continuei, escrevi, ouvi, lembrei, esqueci, deixei, recebi, sobrevivi. Enfim, vivi!

Em 2012, quero tudo de novo, tudo novo, tudo simples, mas diferenciado!

Feliz Natal e Ano Novo!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Um dia comum

Com um olhar perdido, ela se sentou, não sabia onde estava e nem para onde tinha que ir, apenas sabia que não podia continuar. Como sabia? Havia uma dor dentro dela que a fez parar, que não a deixava seguir.
Ali em meio a multidão ficou, sentou sem expressão alguma, não sabia que reação ter, não sabia o que sentir. Quis chorar, gritar, correr, fugir, soltar aquela dor que estava presa dentro dela. Precisava apenas compartilhar, conversar, desabafar, mas com quem? Não havia a quem recorrer, todos pareciam tão distantes, tão perdidos em si, e ela sabia que ninguém a entenderia.
Então ali permaneceu, mergulhada em sua dor, ouvindo as conversas e os risos do mundo lá fora, fugindo de olhares confusos e curiosos. Ali ficou sentada, sabendo que em algum momento seria a hora de levantar e partir, para onde? Não fazia idéia.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Para alguém especial.


Querido Carlos,
Me lembrei hoje, daquela manhã ensolarada em que eu o encontrei. Você estava lá observando o mundo passar, sentado embaixo de uma árvore. Eis que ali te conheci. Lembro que você ouvia uma música que eu não gostava, estava tão concentrado em seus pensamentos, que pensei nem ter me notado. Mas do nada, você virou e perguntou: “Por que as pessoas sempre dizem o que pensam sem analisar o que de fato ocorre?”.
Me assustei com sua pergunta e com sua ação em seguida, você se levantou indignado e apenas saiu, sem dizer mais nada, nem uma palavra a mais. E eu ali fiquei perdida, mergulhada em sua pergunta, gerando vários pensamentos.
As pessoas são levadas a acreditar que um fato não é apenas um fato, mas sim que há várias verdades dentro dele. Não sabendo o que isso realmente significa, passam a acreditar que seus pensamentos são uma dessas verdades, e grita-los ao mundo é o mais puro ato de ser sincero doa a quem doer.
Esquecendo que nossos pensamentos são traiçoeiros, passamos acreditar que o que vemos é de fato uma verdade. Estamos perdidos nos “achismos” da vida que não mais conseguimos observar um simples fato, sem por nossa “verdade” sobre ele.
Naquele dia, você voltou e se sentou ao meu lado, abrimos a boca, mas não houve palavras, nem “achismos”, apenas um suspiro e um olhar confirmando que nos perdemos num mesmo pensamento, mas que um dia, debaixo de uma sombra, nos acharemos outra vez.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Mundo, vasto mundo.

O mundo anda tão acelerado que a vida pede por um pouco de paciência. Há tanto desapego, tanta falta de carinho que o corpo dói de se sentir incompleto, de estar sozinho.
É preciso calma e tranqüilidade, silêncio e abandono do mundo. Mas temos medo, medo de se nos entregarmos a um momento nosso, quando voltar não mais conseguir acompanhar, de não mais haver um lugar para nós. Há, ainda, o medo do carinho, que pode nos atrasar, nos fazer perder o rumo e então, nos abandonar e decepcionar.
O mundo anda tão individualista que a vida pede por uma parceria duradoura, não mais apenas para matar o interesse e a vontade. Mas o desejo de sermos melhores do que os outros, este desejo move o mundo, e se aproximar é abaixar a guarda, é se trair, é perigoso.
O mundo anda tão razão que ser emoção já não faz mais sentido, tornou-se loucura digna de medicação.

sábado, 19 de novembro de 2011

Carta a um amigo

Querido Rick,
Desde quando você partiu as coisas andaram mudando. Veja só.
O clima muda não mais por estação, nem por semana, mas sim a cada hora. O vento já não é mais sereno e com cheiro de palavras doces que parecem poesias cantadas, aqui onde você já não mais está agora só tem tempestade de palavras com peso de pedra e sabor de dor. A chuva já não faz a gente querer sair correndo e dançar nela, faz a gente fugir e se refugiar. Dizer um olá se tornou motivo de medo, medo de ser reconhecido da parte de quem recebe e medo de não ser reconhecido de quem está disposto a quebrar a distância. Alias, a moda agora é manter-se afastado, os relacionamentos já não contem carinho e abraços, são baseados nos interesses, na frieza e distância.
Ah! Amado amigo, você não imagina como era bom enquanto você estava aqui e como quero, como desejo de volta nossos risos, o colorido das estações, até da mais cinzenta, a chuva de verão no fim da tarde, o vento frio de uma manhã ensolarada, o calor confortável do sofá de casa num dia frio, as conversas sem horas pra terminar, as filosofias de bar, o abraço longo de carinho. Como eu desejo sua doce companhia, o riso solto e a vida passando valendo a pena.
Você se foi e levou contigo o doce que tínhamos, enquanto eu, eu to aqui respirando fundo para segurar a barra das mudanças, como você dizia ser preciso fazer nesses dias. Eu continuo aqui, sentada na mesma cadeira, te esperando por horas e horas, esperando as mudanças voltarem a acontecer e com elas a calmaria chegar. Eu to aqui vendo a vida passar sozinha sem nem perceberem. Sempre aqui.
Espero que aí com você ainda haja vida doce e se houver me mande um pouco pelo vento frio de um sábado de manhã ensolarado.
Com todo amor, carinho e saudade de sempre,
Sua amiga que lhe quer bem.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Growin' up

Um álbum incompleto. Fotografias de um passado recente. Cada foto uma lembrança. Cada página virada uma lágrima de saudade, de vergonha, de medo. Saudades do que fui, vergonha do que estou sendo e medo do que posso ser.
Hoje já não sou o que fui ontem, mas carrego as marcas de quem era. E uma mistura de saudade e vergonha me contamina. Vergonha de que? De ter crescido e esquecido como é bom sair dançando pelas ruas, de sentir a chuva caindo e não correr dela, mas para ela de alma e braços abertos.
A cada foto recordo o que ela esconde dos outros, minhas lembranças, boas ou ruins. É meu passado que vejo refletir nos rostos contentes das fotos, que por um momento volta a ser presente. Lagrimas caem por querer voltar ao tempo de menina-moça, estar com quem já não vejo, não converso, nem sei da vida. Saudade de estar em paz, de errar e não me importar.
Cada vez que o tempo passar vou querer mais e menos, quero menos crescer, mais ser como antes, voltar a correr com a chuva, sorrir depois de um espetáculo de dança no meio da rua, sem se preocupar com os olhares rindo.
Ontem fui o que não queria, mas hoje quero o que fui. E assim a vida segue, complexa dentro de sua simplicidade.

sábado, 8 de outubro de 2011

Ali.

Ali estava, sentada num banco qualquer, encolhida em seu mundo, olhando o nada, ou seria o tudo?
Entre um suspiro e outro havia uma mudança de pensamento, de planos, pois nada parecia certo e estava cansada de apostar, cansada da jogatina da vida. Quem passava e a olhava, pensava “eis alguém esperando seu outro alguém”, mas eis que havia decidido que sua história seria escrita no singular, poderia e estimava que houvesse participações especiais, sendo estas, porém, sempre em segundo plano.
De vez em quando olhava para os rostos desconhecidos que procuravam achar o que estava perdido. O que era? Ela não sabia, nem os donos destes rostos sabiam, mas guiados pela vontade – ou seria esperança? Ou ainda, curiosidade? -, continuavam na busca. Ela também procurava, até sentar ali e achar, em sua visão, o tudo, ou seria o nada?
Eis que ali sentada, entre um suspiro e outro, descobriu o sentido desta busca. É preciso perder um para encontrar o outro, perder um amigo, um amor, um olhar, um sorriso. Neste perde e acha, a vida torna-se uma equação, na qual soma-se sua vida com a de outrem ao mesmo tempo em que se divide, depois, quando essa pessoa nos deixa, se subtrai, e o resultado disso é a soma do que sobrou desse alguém com o que restou de você.
Ali, sentada num banco qualquer, ela descobriu o resultado dessa equação, mas estava na hora de se perder de novo, então se levantou e foi à busca. Do que? Ainda não se sabe, mas um dia, sentada num banco qualquer, olhando o tudo – ou seria o nada? -, ela achará.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Que assim seja.

Que a noite passe com o cantar das estrelas. E se houver pesadelo, que as tormentas destes se transformem, com o chegar do dia, em raios solares parecendo sair de um sorriso estilo criança. Que o dia passe sempre blue, com a sensação de quero mais, quero mais sorrir, quero mais ser feliz, quero mais viver. E ao fim do dia, que eu possa olhar para os brilhos das tachinhas do céu e dizer: “valeu a pena!”.

sábado, 24 de setembro de 2011

Protesto

Falar de religião é sempre difícil, ainda mais pra mim. Procuro evitar esse assunto em minhas discussões, mas procuro sempre aprender sobre. Mas hoje, me estressei, escrevi, me acalmei, escrevi de novo, me estressei mais uma vez, então resolvi esperar e agora estou escrevendo.
Hoje quero protestar! E não vou fazer isso falando pelos demais ateus, faço isso falando somente por mim.
Primeiro, vou deixar claro: sou atéia. E não, isso não aconteceu por eu ter entrado no curso de história e os hereges malvados me fazerem uma lavagem cerebral. Eu já era antes da História.
Okay, mas não é porque sou atéia que vou pendurar uma faixa em meu pescoço, erguer um cartaz e vou sair pela rua “desconvertendo” todo mundo. Posso não acreditar, mas acima de tudo busco respeitar e espero que as pessoas procurem fazer o mesmo com relação a minha não-crença em divindades. No entanto, vivo um momento de intolerância religiosa disfarçada de “democracia religiosa”, e o respeito que todos gostam e querem, ninguém pratica.
Se eu prego minha não-crença num deus, sou taxada de monstro, herege e vou queimar no inferno. Se respondo “amém” quando alguém fala “fica com deus”, sou uma teísta querendo chamar atenção. Se utilizo de expressões como “meu deus”, estou desrespeitando a divindade. O problema é que vivemos num estado governado pela religião e é disfarçado de laico. Não, eu não quero propagar minha falta de religião, nem “desconverter” alguém, não quero desrespeitar quando falo coisas como “graças a deus”, pra mim é uma expressão. E muito menos sou alguém indecisa precisando de uma luz divina, tenho certeza do meu ateísmo, então não venha tentar me converter!
Acho que está mais do que na hora de guardarmos nossas idéias medievais, tirar a poeira e colocar o respeito em prática, pois respeitar é bom e não preciso de ninguém me mostrando o caminho da luz.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Recomienzo

Hoje resolvi jogar fora todo papel que não tenha mais valor, como aqueles que ficam em caixas guardadas dentro do guarda-roupa. Na minha limpeza, me deparei com alguns textos destinados a alguém, mas sem endereçar. Relendo-os notei o quão boba uma pessoa pode ser ao se desiludir, e não estou falando apenas de desilusões amorosas, mas com amigos, com a vida.
Foi aí que, na minha faxina, resolvi descartar outras coisas também. Percebi que estava na hora de me desfazer de sentimentos e pensamentos antigos, não mais guardá-los no fundo do guarda-roupa. Às vezes chega uma hora que precisamos enfrentá-los para superar, recomeçar.
O tempo não faz com que eles sumam de vez, nem a superação. Mas com o tempo eles amenizam e superá-los te dá uma sensação mais agradável do que o esquecimento, a superação nos faz crescer, ser gente grande e amadurecida.
Sei que terei outras desilusões e não estarei pronta para recebê-las, vou cair, vou levantar cambaleando, mas haverá sempre a hora da faxina e com ela vou me desfazer de tudo o que me fez mal. E após uma faxina estarei me sentindo mais leve pronta para o recomeço.

sábado, 3 de setembro de 2011

Viva la vida!

A vida é tão contraditória às vezes.
Hoje recebi uma noticia que sarou todas as minhas queixas, a notícia era de que está tudo bem com o novo membro de minha família, meu sobrinho Emanoel. Que ele está se recuperando depois de duas semanas complicadas que teve. Imagine que por pouco ao invés de felicidade, o que minha família e eu estaríamos sentindo agora seria tristeza. Mas foi apenas um susto e hoje ele está todo lindo e cheio de graça em casa comemorando 4 semanas de vida, única coisa que lamento é estar longe e não poder enchê-lo de beijos e mordidas.
Lá estava eu com toda minha felicidade, eis que chega minha amiga e vizinha de quarto e diz que o “tio” dela, que há duas semanas estava bem, sem problema algum além das contas a pagar e os problemas pequenos que as pessoas têm, e só queria curtir sua cervejinha, hoje veio a falecer em um acidente. Fiquei até com vergonha da minha felicidade por um momento.
Depois de ter consolado ela da minha maneira “sem saber o que fazer”, fui comemorar a vida de uma outra grande amiga que estava de aniversário e sei que em algum lugar há alguém que diz “estou mais perto da morte, estou velho”.
“A vida é assim”, dizem alguns, sim ela é. Ela é contraditória, repentina e inesperada. Sei que enquanto há crianças lindas nascendo e suas famílias comemorando, há pessoas morrendo e famílias sofrendo, há pessoas comemorando anos, enquanto outras se lamentam. Este é o tal “ciclo sem fim” que ninguém escapa e que eu nunca entendi, mas sempre reclamei dele, pois vamos nos perguntar toda vez: “por que tem que ser assim?”.
O fato é que vamos sempre nos lamentar pelas perdas, mas nos consolamos, vamos sempre reclamar da idade e de como estamos com rugas, mas sempre vamos comemorar. E sempre vamos celebrar a chegada de um novo ser humano e, com sua chegada, já começa o preparo para sua partida, pois a vida simplesmente é assim, “bonita e breve”.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

E de repente, como se fosse uma ventania passou e carregou consigo todos aqueles pensamentos, restando somente um suspiro seguido de um silêncio torturante. 

sábado, 28 de maio de 2011

Saudades.

Sentimos saudades de tantas coisas, são tantas nostalgias que queremos reviver, tantas coisas se passaram e deixaram aquela vontade de ‘podia ser assim de novo’. No entanto, eu tenho uma única saudade há um ano e 5 meses, uma única nostalgia que queria reviver.
Olhando seu rosto numa foto, ouvindo uma música com o título adequado para esse momento (“without you”), lágrimas vêm aos meus olhos, embaçando os óculos, tornando difícil de ver o que escrevo. Tal foto me faz lembrar momentos em que te tinha por aqui para me deixar com raiva e instantes depois me fazer chorar de rir. Ah, velhos tempos!
Lembro deles com uma enorme alegria e, concomitantemente, uma profunda tristeza, porque sei que, assim como esses velhos tempos, você não voltará. E é por isso que as lagrimas insistem em sair e embaçar meus óculos, distorcendo a sua imagem na foto.
Em certas nostalgias há, também, momentos de raiva, onde nos perguntamos ‘por que não pode ser assim de novo?’ Ou ‘por que tinha que acabar?’. E é isso que me pergunto, por que não posso tê-lo, como nessa foto onde tu está com aquela cara de bobo que tanto me fazia rir?
Lembro da nossa primeira e única despedida, a de quando você foi viajar para o exterior, se alguém visse meu estado pensaria que era pra sempre, mas pouco tempo depois lá estava você me estressando e me fazendo rir até doer a barriga, como sempre. O mais engraçado dessa despedida fora nós dois cantando “Maria Chiquinha”, com adaptações, na qual nós éramos os personagens da música. Porém, dessa vez não houve despedida e muito menos momento engraçado com músicas adaptadas, apenas lágrimas de profunda tristeza e de demasiada dor.
E os risos já não doem a barriga, pois são apenas sorrisos causados pelas lembranças de momentos em que você estava presente me fazendo de boba e me matando de vergonha, como aquela vez em que ligou a caixa de som no último fazendo com que a lan house inteira ouvisse eu dizendo ‘BARBARIDADE TCHÊ, QUE GURI CHATO’. Eu quis te matar nesse dia, mas agora daria qualquer coisa para que eu pudesse ter um dia como esse contigo de novo.
Quando tu partiu, eu fiquei com muita raiva e, dessa vez, ela não passou com você me fazendo rir e pedindo desculpas, mas passou dando lugar a saudade que você deixou e aos sorrisos tristes causados pelas lembranças dos nossos momentos juntos. Estes são agora, assim como essa sua foto, as únicas coisas que me aproximam de ti e te fazem presente na minha vida. Por isso me agarro a eles com toda força possível,
Dizem que preciso superar o ocorrido para que eu possa seguir com a minha vida, mas a questão é que não quero, tenho medo de que se eu superar, você saia definitivamente dela, deixando nem as lembranças. Não quero esquecê-lo e por mais dolorosa que seja sua lembrança, a prefiro a não te ter de maneira alguma, pois ao menos com ela ainda consigo sorrir, mesmo que o sorriso seja triste.
Não nos encontraremos mais nessa vida e noção alguma eu tenho de que há ou não outra vida, na verdade, nunca me importei pelo fato dela existir ou não, mas agora não passa um momento em que eu não deseje te encontrar nessa tal ‘outra vida’. E enquanto eu permanecer ‘nessa vida’, fico aqui com a minha única nostalgia e contigo em meu coração. E uma coisa eu tenho certeza, assim como continuo te amando, mesmo você tendo partido, te amarei nessa ‘outra vida’.
Rest in peace, lovely friend.

sábado, 21 de maio de 2011

I've got a true friend

Ouvindo algumas músicas, reclamando com você e ouvindo você, me veio aquela doce nostalgia, aquela saudade boa das nossas conversas de madrugada, nossas danças esquisitas, aquelas coisas que ninguém mais, além de nós, entende. Tenho amigos maravilhosos, todos com sua devida importância, mas você, cara Raphaela, não é só a melhor, como a amiga irmã, irmã não de coração, mas de alma. Devemos ter até o mesmo tipo sanguíneo, sabemos quando uma precisa da outra, quando algo está errado, muitas vezes, só você pra me entender e vice-versa e eu adoro ter uma amiga assim.
Lembra das nossas danças? Elas sempre serão os melhores espetáculos, pois arrasamos. E quem diz que não somos atléticas ou esportivas é porque nunca nos viu praticando sumo ou esgrima, ficariam de boca aberta com nossas habilidades. Sem contar que somos excelentes cantoras, modéstia a parte. Mas amiga, é do seu colo, do seu ombro quando estou mal que mais sinto saudade. Seu “bilhetinho da despedida” se tornou minha leitura favorita – Becky ficaria com ciúmes. Seus puxões de orelha é a corda do fundo do poço muitas vezes, sempre acompanhado de chocolate. E quem acredita que conselho nem sempre vale a pena é porque não tem uma amizade como a sua.
Sei que com os novos caminhos que tomamos, mudamos, talvez muito, ou pouco, mas ainda nos vejo velhinhas sentadas naquela varanda, tricotando, até lá teremos aprendido, contando muitas histórias, ouvindo uma boa música e admirando o Johnny Deep, porque eu sei, eu confio que nossa amizade ainda só ta começando.

Hoje não é dia do amigo, nem seu aniversário e nem uma data especial, mas queria te lembrar que longe, aqui do lado, ou lá, sempre estarei de ombros/colo prontos pra você, com overdoses de chocolate, café, doritos e Star Wars. Obrigada pela amizade mais verdadeira que se pode ter. Amo você.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Fly butterfly

Minha foto

Felizes mesmo são as borboletas que por míseras 24 horas conseguem ser lindas, realmente livres, viver intensamente e ainda aproveitar do aroma e beleza das flores.

sábado, 30 de abril de 2011

Fading out bright sunshine

No início de tudo, quando só havia luz e vácuo, a suprema divindade Laire Acroast sentia-se enfarada por tamanho vazio. O sentimento fez com que ela chorasse, e cada lagrima derramada deu origem àquilo que compõe o universo, como os planetas e as estrelas, sendo o Sol a maior evidência de seus sentimentos e tornando-se assim o ponto central do universo.
Descobridora de seus dons, a deusa Laire Acroast passou usá-los a cada manifestação de seus mais íntimos sentimentos, sem saber que tais dons eram fruto de sua grandeza divina.
Criara, através de um ápice de alegria, um planeta que denominara Terra. Lá existiam pequenas criaturas similares a ela, porém não possuidores dos seus nobres sentimentos e restritos a sua benevolência. Por não conterem tais sentimentos, as criaturas eram propícias a práticas corruptíveis.
Já em seu ápice de raiva, ainda se sentindo sozinha, criara uma divindade que saíra o seu oposto, a qual dera o nome de Amrod Al-Khaliman.
Amrod Al-Khaliman continha uma beleza extraordinária capaz de encantar quem fosse, tendo também um poder divino, porém submetido à Laire Acroast, sua criadora. Nela seus encantos não surtiam efeitos, o que a tornava diferente à sua visão, fazendo com que ele perdidamente se apaixonasse. Também encantada pela sua diferença, Laire Acroast entrega-se a um amor sem fim.
Como o Sol era a expressão mais intensa dos sentimentos da deusa Laire, Amrod criara um soneto luminoso, onde externava todos seus sentimentos, ao qual dera o nome de Lua. O astro, de acordo com a mudança de emoções de Almrod, mudava de formato, sendo ao todo quatro: minguante, nascente, cheia e nova.
Com a união dessas duas divindades, houve o surgimento de outros deuses, como Jiuts Al Hiuteé, deus da sabedoria, Jarred Bardin, da guerra, Kzaleh Dumbao, da paciência, entre outros.
Enquanto observava as criações de sua amada, Amrod Al-Khaliman fora tomado por uma leve curiosidade perante a Terra, um planeta diferente dos demais, pois continha criaturas semelhantes aos deuses. Então Laire Acroast o concedeu o privilégio de descer a Terra para que conhecesse tais criaturas e seus modos.
Descendo como mortal, ficara encantado com a beleza das mulheres e com os prazeres mundanos, que foram capazes de corrompê-lo. Apaixonado pela Terra, Amrod Al-Khaliman se recusou a voltar para Laire Acroast quando é chegada hora de partir.
A traição de Amrod Al-Khaliman despertou a fúria de Laire Acroast, que o tornou humano, tirando-lhe seus poderes. Deusa também do caos e destruição, aplicou sobre a Terra seus piores sentimentos e rogou-lhes as maiores pragas, fazendo com que tudo tendesse ao caos. Cada ação humana levaria a um resultado caótico.
Almrod Al-Khaliman, não acostumado a isso, pois só vira o lado bom da Terra, veio a padecer de uma praga que caíra somente sobre ele.
Com a morte de seu dono, a Lua perdeu sua autonomia, ficando subestimada ao poder do Sol e da Laire, porém, as emoções de Almrod ficaram marcadas nas suas quatro intensas formas, que passaram a mudar a cada sete dias.
Como o Sol era a maior evidência de seus sentimentos, este tendia a diminuir sua energia radiante, fonte da vida das criaturas terrenas, pois com a traição de seu amado e o seu sentimento de solidão, Laire Acroast mergulhou numa profunda tristeza, o que causava a morte das estrelas.
Temendo o destino, as criaturas terrenas iniciaram rituais cerimoniais em homenagem a Laire Acroast, como ultima esperança, já que tudo que estes faziam para combater sua irá resultava em cataclismos. Nesses rituais homens recém amadurecidos são sacrificados e seu sangue oferecido a deusa para que esta saciasse sua sede vingança.


Nota¹: Hoje me deu uma vontade de fazer um post diferente, por isso este post é dedicado a exibição do meu pequeno mito. E claro, como ninguém consegue viver sem ajuda de outrém, agradeço a Aninha, a Rapha, a Paula e ao Pedro por terem me auxiliado nesse texto.
Nota²: Sim, o mito é um pouco feminista.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Afinal respeitar o próximo é tão démodé.

Iria começar esse post lamentando por estar atrasada para comentar esse acontecimento de duas semanas atrás, mas então eu me dei conta que isso é comum, muitas atitudes como essa da grande cantora Paula Toller acontecem todo dia, seja com muçulmano, com judeu, cristão, até o meu caso que sou atéia, enfim com qualquer um.

A idéia desse meu comentário não foi inspirada somente pelo tweet da Toller, mas sim por intolerâncias religiosas, culturais e sociais que venho assistindo de camarote. Ouço comentários como “eu respeito a crença e a forma de ser do fulano”, mas suas atitudes são exatamente opostas, o que me faz querer gritar por menos hipocrisia.
O mais cômico – ou seria trágico? – é que muitos pregam mensagens como a da música “Imagine” do grandioso e saudoso John Lennon, ou de textos, muitos bíblicos, mas na primeira oportunidade descarregam frases como “ah, mas tinha que ser judeu”; “tinha que ser árabe mesmo”. Isso é no mínimo lamentável.
Um post específico sobre o “acontecimento Toller” diz que a maioria usou deste fato não para se defender, mas para “malhar o judas” (palavras do próprio autor), isto é, para gerar ainda mais preconceito. Penso que todos queremos a paz, mas ninguém quer dar a cara a tapa, ninguém quer ser o estudante na frente do tanque de guerra por medo de ser atingido.
É sempre mais fácil “reclamar” no conforto do sofá, afinal pregar em prol da paz na teoria é moda, levantar a bandeira, pendurar cartazes, sair a luta já é tão démodé que nem vale a pena.


Nota: Não nego, mas lamento por fazer parte desse grupo às vezes. 

Vontade Súbita

Me veio assim uma vontade súbita, quase desesperadora de escrever, colocar algum dos meus pensamentos, até sentimentos para fora. Mas não só isso, senti a necessidade de compartilhá-los, de ter alguém, mesmo que eu não saiba que sente o mesmo, que se identifica com algumas das minhas palavras, mesmo que não belas, não grandiosas, apenas rabiscos de cadernos, agora digitalizados e expostos.
Mas qual dos meus sentimentos eu compartilharia? Qual eu descreveria? Há tantos. Tem aquele que surgiu de um momento que eu parei para reparar num casal de idosos que eu vejo todas as manhãs, mas nunca prestei atenção. Esse momento, em que parei e realmente vi os dois, me veio uma vontade de ter alguém, assim como eles tem um ao outro, para passar longos anos, mas aí eu percebi que essa vontade não é só minha, então percebi que meus sentimentos também são clichês.
Há ainda aqueles planos mirabolantes que sempre surgem em minha mente quando estou viajando, de ônibus ou de carro, são planos, desejos que, em sua maioria, nunca passaram disso. Sem esquecer dos meus pensamentos revoltados, raivosos sobre o que vem acontecendo, sobre falas, gestos e atitudes que nos rodeiam que no mínimo são desagradáveis. E principalmente as minhas saudades e nostalgias que me cercam a todo o momento.
Enfim, são tantos pensamentos que minha vontade era poder organizá-los como uma gaveta de arquivos, pois nesses últimos dias estão agindo como se fossem pedestres com pressa, atrasados, se esbarrando e causando caos na faixa de pedestres dos meus sentimentos.
A intenção da criação deste blog é apenas desabafar pensamentos, antes tímidos, que agora precisavam ser compartilhados, não por serem extraordinários, mas por já não mais caberem apenas em folhas de papeis. E espero que assim o seja.