sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Em 2011, eu...

Sorri, chorei, morri, revivi, falei, pensei, gritei, briguei, contei, me revoltei, desfiz, fiz, amei, desamei, odiei, silenciei, vi, me iludi, desiludi, me magoei, superei, brinquei, bebi, ri, relembrei, trabalhei, estudei, comi, senti, dancei, criei, experimentei, gostei, passei, cantei, viajei, fiquei, beijei, abracei, fui, continuei, escrevi, ouvi, lembrei, esqueci, deixei, recebi, sobrevivi. Enfim, vivi!

Em 2012, quero tudo de novo, tudo novo, tudo simples, mas diferenciado!

Feliz Natal e Ano Novo!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Um dia comum

Com um olhar perdido, ela se sentou, não sabia onde estava e nem para onde tinha que ir, apenas sabia que não podia continuar. Como sabia? Havia uma dor dentro dela que a fez parar, que não a deixava seguir.
Ali em meio a multidão ficou, sentou sem expressão alguma, não sabia que reação ter, não sabia o que sentir. Quis chorar, gritar, correr, fugir, soltar aquela dor que estava presa dentro dela. Precisava apenas compartilhar, conversar, desabafar, mas com quem? Não havia a quem recorrer, todos pareciam tão distantes, tão perdidos em si, e ela sabia que ninguém a entenderia.
Então ali permaneceu, mergulhada em sua dor, ouvindo as conversas e os risos do mundo lá fora, fugindo de olhares confusos e curiosos. Ali ficou sentada, sabendo que em algum momento seria a hora de levantar e partir, para onde? Não fazia idéia.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Para alguém especial.


Querido Carlos,
Me lembrei hoje, daquela manhã ensolarada em que eu o encontrei. Você estava lá observando o mundo passar, sentado embaixo de uma árvore. Eis que ali te conheci. Lembro que você ouvia uma música que eu não gostava, estava tão concentrado em seus pensamentos, que pensei nem ter me notado. Mas do nada, você virou e perguntou: “Por que as pessoas sempre dizem o que pensam sem analisar o que de fato ocorre?”.
Me assustei com sua pergunta e com sua ação em seguida, você se levantou indignado e apenas saiu, sem dizer mais nada, nem uma palavra a mais. E eu ali fiquei perdida, mergulhada em sua pergunta, gerando vários pensamentos.
As pessoas são levadas a acreditar que um fato não é apenas um fato, mas sim que há várias verdades dentro dele. Não sabendo o que isso realmente significa, passam a acreditar que seus pensamentos são uma dessas verdades, e grita-los ao mundo é o mais puro ato de ser sincero doa a quem doer.
Esquecendo que nossos pensamentos são traiçoeiros, passamos acreditar que o que vemos é de fato uma verdade. Estamos perdidos nos “achismos” da vida que não mais conseguimos observar um simples fato, sem por nossa “verdade” sobre ele.
Naquele dia, você voltou e se sentou ao meu lado, abrimos a boca, mas não houve palavras, nem “achismos”, apenas um suspiro e um olhar confirmando que nos perdemos num mesmo pensamento, mas que um dia, debaixo de uma sombra, nos acharemos outra vez.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Mundo, vasto mundo.

O mundo anda tão acelerado que a vida pede por um pouco de paciência. Há tanto desapego, tanta falta de carinho que o corpo dói de se sentir incompleto, de estar sozinho.
É preciso calma e tranqüilidade, silêncio e abandono do mundo. Mas temos medo, medo de se nos entregarmos a um momento nosso, quando voltar não mais conseguir acompanhar, de não mais haver um lugar para nós. Há, ainda, o medo do carinho, que pode nos atrasar, nos fazer perder o rumo e então, nos abandonar e decepcionar.
O mundo anda tão individualista que a vida pede por uma parceria duradoura, não mais apenas para matar o interesse e a vontade. Mas o desejo de sermos melhores do que os outros, este desejo move o mundo, e se aproximar é abaixar a guarda, é se trair, é perigoso.
O mundo anda tão razão que ser emoção já não faz mais sentido, tornou-se loucura digna de medicação.