Iria começar esse post lamentando por estar atrasada para comentar esse acontecimento de duas semanas atrás, mas então eu me dei conta que isso é comum, muitas atitudes como essa da grande cantora Paula Toller acontecem todo dia, seja com muçulmano, com judeu, cristão, até o meu caso que sou atéia, enfim com qualquer um.
A idéia desse meu comentário não foi inspirada somente pelo tweet da Toller, mas sim por intolerâncias religiosas, culturais e sociais que venho assistindo de camarote. Ouço comentários como “eu respeito a crença e a forma de ser do fulano”, mas suas atitudes são exatamente opostas, o que me faz querer gritar por menos hipocrisia.O mais cômico – ou seria trágico? – é que muitos pregam mensagens como a da música “Imagine” do grandioso e saudoso John Lennon, ou de textos, muitos bíblicos, mas na primeira oportunidade descarregam frases como “ah, mas tinha que ser judeu”; “tinha que ser árabe mesmo”. Isso é no mínimo lamentável.
Um post específico sobre o “acontecimento Toller” diz que a maioria usou deste fato não para se defender, mas para “malhar o judas” (palavras do próprio autor), isto é, para gerar ainda mais preconceito. Penso que todos queremos a paz, mas ninguém quer dar a cara a tapa, ninguém quer ser o estudante na frente do tanque de guerra por medo de ser atingido.
É sempre mais fácil “reclamar” no conforto do sofá, afinal pregar em prol da paz na teoria é moda, levantar a bandeira, pendurar cartazes, sair a luta já é tão démodé que nem vale a pena.
Nota: Não nego, mas lamento por fazer parte desse grupo às vezes.
o pior que até mesmo muita piada chega a afundar tanto nisso que acaba resultando em coisa pior do que só risada. talvez algm que não tenha certo preconceito acaba contando uma piada sobre, mas quem ouviu não. e a piada a partir desse não sai como antes.
ResponderExcluiro preconceito que acho mais babaca é esse generalizado, vamos falar assim. coisa do tipo: paraguaios são todos sujos, todo baiano é preguiçoso, norteamericanos arrogantes... quer dizer, alguém muito influente acaba tomando partido de alguma ação totalmente desleixada e daí todo o povo ligado a ele é igual e os outros acabam gerando um pré conceito daquele povo.
preconceito que surge dessa forma é preconceito babaca, mesmo.
"é julgado igual perante os outros", eu quis dizer :)
ResponderExcluirmassa, jana.
gostei do blog -s
:D
Em discussões sobre isso, comentei com algumas pessoas que não é a piada que é o problema, mas sim como a pessoa conta essa piada, mesmo não querendo ela pode transmitir de certa maneira que passa a parecer um insulto, o pior é quando ela quer que assim seja.
ResponderExcluirE sobre o preconceito generalizado é mais que babaca, pior do que isso é quando a pessoa não sabe exatamente como é a situação de determinadas "comunidades" e propaga esse tipo de preconceito.
Ahh Gugs, obrigada :D
É minha cara... Faço das suas palavras, minhas.
ResponderExcluirA Paula que até entao eu admirava, errou, não por não concordar com algum aspecto da religião muçulmana, mas sim, por usar de um meio em que as informações são passadas para todo o mundo em milésimos de segundos propagando uma informação FALSA, totalmente DISTORCIDA. Bin Laden nunca esteve aqui, o povo iguaçuense não é Bin Laden. Os muçulmanos que em Foz vivem, tampouco são Bin Laden.
Que falta de profissionalismo, que DESRESPEITO não só com os muçulmanos, mas com os iguaçuenses que moram em Foz.
Ela vem pra essa cidade,lucra em cima do povo e ainda sai inventando história, faça me o favor!
É uma pena que uma figura pública como ela nao demonstre RESPEITO e nem o mínimo de ENTENDIMENTO tanto dos muçulmanos quanto da cidade onde ela estava.
Parabéns amiga pelo texto, ótimo!
Leila S.
O twitter tem sido fantástico para isso. Não que a infeliz postagem da Paula seja legal, mas tem servido para mostrar as pessoas como realmente são. Acabou o marketing pensado do bom mocismo. Agora da para saber quão idiota é a Paula "Troller"
ResponderExcluirps. Parabéns, Jana, pelo blog. Fantástico!
ResponderExcluirJanah, adorei o texto! E pra mim tudo isso se resume à uma palavra que você citou: hipocrisia.
ResponderExcluirContinue escrevendo e perdendo a timidez!
:)
Amei o teu texto,amiga ^^
ResponderExcluirVocê expos o tema de uma forma leve e fez uma crítica que nós mesmos gostaríamos de ter feito.
Muito bom ;*
E há de se considerar que a piada - ou insulto - da Paula Toller foi bem sutil, o pior é observar no cotidiano que tais discriminações já se tornaram banais; interessante você ter destacado que até os ateus sofrem tal coisa, quer dizer, não importa o grupo do qual você faça parte, já que mesmo na ausência de algo - crença, deuses, etc. - se é alvo de preconceitos.
ResponderExcluirBelo texto e ótimo blog, vim parar aqui pelo Twitter e comecei a te seguir por lá, inclusive o/