sábado, 24 de setembro de 2011

Protesto

Falar de religião é sempre difícil, ainda mais pra mim. Procuro evitar esse assunto em minhas discussões, mas procuro sempre aprender sobre. Mas hoje, me estressei, escrevi, me acalmei, escrevi de novo, me estressei mais uma vez, então resolvi esperar e agora estou escrevendo.
Hoje quero protestar! E não vou fazer isso falando pelos demais ateus, faço isso falando somente por mim.
Primeiro, vou deixar claro: sou atéia. E não, isso não aconteceu por eu ter entrado no curso de história e os hereges malvados me fazerem uma lavagem cerebral. Eu já era antes da História.
Okay, mas não é porque sou atéia que vou pendurar uma faixa em meu pescoço, erguer um cartaz e vou sair pela rua “desconvertendo” todo mundo. Posso não acreditar, mas acima de tudo busco respeitar e espero que as pessoas procurem fazer o mesmo com relação a minha não-crença em divindades. No entanto, vivo um momento de intolerância religiosa disfarçada de “democracia religiosa”, e o respeito que todos gostam e querem, ninguém pratica.
Se eu prego minha não-crença num deus, sou taxada de monstro, herege e vou queimar no inferno. Se respondo “amém” quando alguém fala “fica com deus”, sou uma teísta querendo chamar atenção. Se utilizo de expressões como “meu deus”, estou desrespeitando a divindade. O problema é que vivemos num estado governado pela religião e é disfarçado de laico. Não, eu não quero propagar minha falta de religião, nem “desconverter” alguém, não quero desrespeitar quando falo coisas como “graças a deus”, pra mim é uma expressão. E muito menos sou alguém indecisa precisando de uma luz divina, tenho certeza do meu ateísmo, então não venha tentar me converter!
Acho que está mais do que na hora de guardarmos nossas idéias medievais, tirar a poeira e colocar o respeito em prática, pois respeitar é bom e não preciso de ninguém me mostrando o caminho da luz.

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